Eu só queria que não existisse hora de ir embora. Nós temos alguma coisa chamada eternidade, demais para a nossa vã compreensão da realidade, então por isso a dividimos em pedaços bem menores, começando por medir o tempo que o nosso planeta leva para dar uma volta em torno do próprio eixo, a duração das estações do ano, esse intervalo entre uma noite e um dia chamamos dia e 364 e uns quebradinhos chamamos ano, um número em dias que nosso planeta leva para dar uma volta completa em torno do sol, essa reles estrela de quinta grandeza, centro do nosso sistema. Mas medimos o tempo, tornando efêmera a eternidade que não cabe em nosso pensamento.
Um show que não rolou, um encontro inusitado bem a cara dos protagonistas do mesmo, pizza, vodka, cerveja, pinga, papo sendo posto em dia, talvez não tão atrasado assim, mas agora antecipando coisas futuras, moradia, graduação, ano que vem, próximas férias. E tudo o que senti intensamente foi a saudade da próxima vez. Há uma mulher no mundo, melhor amiga que tenho, que me faz sentir saudade da próxima vez. Há uma mulher que amei (que talvez também tenha me amado) que não consegui que fosse minha amiga, não sendo também seu amigo, os melhores, de preferência. Há uma mulher que já é para todo sempre minha melhor amiga e me pergunto agora o que haverá na outra ponta. Se eu estivesse melhor, juro que pensaria nisso. Mas vou tocar a vida no compasso do desespero, que é o que tenho. Alienando a crueza da realidade, essência com a qual nunca lidei direito, confesso. Não pensando no vir a ser, esse devir ameaçador que sempre me pega de surpresa.
É dessa mulher melhor amiga que falo neste post, como se nunca quisesse esgotar o que dela tenho a dizer. Sempre haverá algo mais por descobrir ou entender. Não me causa nunca estranheza o bem que me faz a presença dela, quando sinto poder esquecer da vida falando da vida mesma, essa cheia de coisas risíveis e dramáticas, esse caminho repleto de atalhos. Por falta de metáforas apropriadas, tomo a liberdade de dizer que amo você mesmo não sabendo o que há na outra ponta. Acho que temos tempo, mesmo com a hora de ir embora que chega mais rápido do que se deseja. O tempo absoluto às vezes se torna relativo. E não temos tempo, do mesmo modo pelo mesmo motivo. O Amanhã é incógnito.
Falar de coisas e de pessoas, não entender um nem outro. Falar do que se viveu e viveria de novo, aprender sempre as mesmas lições de um jeito diferente.
Tântalo. Quero dizer as verdades sem ter que explicá-las. Os deuses não ligam para os mortais, por vezes zombam deles. Os deuses não entendem os descaminhos, a solidão, a vontade de ficar no chão, de chorar ou gritar, a dor do fogo que arde sem se ver. Os deuses não entendem nada de tudo aquilo que criaram e manipulam a seu bel prazer. Venha para perto de seu sonho, um quarto de século de vida é quase nada, nunca abandone o sorriso e essa inocência plasmadora de coisas belas, mesmo naqueles momentos em que inocência nenhuma faz sentido. Para que servem os amores platônicos a não ser para serem platônicos? Eu demorei bastante tempo para entender o que você dizia, mas sempre acreditei em tudo o que ouvia.
Só que acho que os personagens da sua vida são figurantes de seu drama, esse sim digno de nota, de se pensar nele ou assistir. Drama não com o sentido pejorativo. Drama com sentido de dar à sua realidade o devido peso, cor e sabor.
Eu sabia o que ia dizer quando comecei a escrever isso, mas depois me perdi. Eu gosto de me perder para sentir o gosto da sensação de me encontrar.
Falamos da amizade que se pretende eterna ou das eternidades que se querem amigas.
E a solidão e tristeza que nos deixaram por uns momentos, talvez estivessem num certo parque trepando em árvores em jogos pueris ou mesmo entregues a meras lembranças da infância. Ou talvez entenderam que precisávamos estar sós, tendo apenas o tempo como substrato.
E agora que eu cheguei até aqui nisso que escrevo, percebi que queria dizer coisas tantas que vão ficar muito aquém de definir tudo, mesmo porque tudo isso não é para se definir e muito bem fazemos já de senti-las do jeito que são.
Por vezes me irrito profundamente com seus personagens que não empunham nenhuma espada ou que têm uma luta sem sentido em estranhas batalhas.
Não seu mais o que dizer, minha Lady. Agradecer ou declarar-me profundamente emocionado, por que você conhece o nome de meus medos e de minhas dores, e é íntima de minha tristeza e solidão. Porque você é a única que entende o que foi dito no que não se escreveu.. amiga de meu silêncio. Companheira de batalhas cruentas. Eu parei meu trabalho para escrever isso. Devia ter parado a vida para ouvir o que disse aqui.
Prestar atenção no silêncio, cúmplice das coisas que não precisam ser ditas.
Uma lua numa praia deserta, calma e quieta, os pensamentos como marca dos pés na areia.
Diante do mar imenso imerso na imensidão do céu.
Uma gaivota vai voar no infinito.
Um show que não rolou, um encontro inusitado bem a cara dos protagonistas do mesmo, pizza, vodka, cerveja, pinga, papo sendo posto em dia, talvez não tão atrasado assim, mas agora antecipando coisas futuras, moradia, graduação, ano que vem, próximas férias. E tudo o que senti intensamente foi a saudade da próxima vez. Há uma mulher no mundo, melhor amiga que tenho, que me faz sentir saudade da próxima vez. Há uma mulher que amei (que talvez também tenha me amado) que não consegui que fosse minha amiga, não sendo também seu amigo, os melhores, de preferência. Há uma mulher que já é para todo sempre minha melhor amiga e me pergunto agora o que haverá na outra ponta. Se eu estivesse melhor, juro que pensaria nisso. Mas vou tocar a vida no compasso do desespero, que é o que tenho. Alienando a crueza da realidade, essência com a qual nunca lidei direito, confesso. Não pensando no vir a ser, esse devir ameaçador que sempre me pega de surpresa.
É dessa mulher melhor amiga que falo neste post, como se nunca quisesse esgotar o que dela tenho a dizer. Sempre haverá algo mais por descobrir ou entender. Não me causa nunca estranheza o bem que me faz a presença dela, quando sinto poder esquecer da vida falando da vida mesma, essa cheia de coisas risíveis e dramáticas, esse caminho repleto de atalhos. Por falta de metáforas apropriadas, tomo a liberdade de dizer que amo você mesmo não sabendo o que há na outra ponta. Acho que temos tempo, mesmo com a hora de ir embora que chega mais rápido do que se deseja. O tempo absoluto às vezes se torna relativo. E não temos tempo, do mesmo modo pelo mesmo motivo. O Amanhã é incógnito.
Falar de coisas e de pessoas, não entender um nem outro. Falar do que se viveu e viveria de novo, aprender sempre as mesmas lições de um jeito diferente.
Tântalo. Quero dizer as verdades sem ter que explicá-las. Os deuses não ligam para os mortais, por vezes zombam deles. Os deuses não entendem os descaminhos, a solidão, a vontade de ficar no chão, de chorar ou gritar, a dor do fogo que arde sem se ver. Os deuses não entendem nada de tudo aquilo que criaram e manipulam a seu bel prazer. Venha para perto de seu sonho, um quarto de século de vida é quase nada, nunca abandone o sorriso e essa inocência plasmadora de coisas belas, mesmo naqueles momentos em que inocência nenhuma faz sentido. Para que servem os amores platônicos a não ser para serem platônicos? Eu demorei bastante tempo para entender o que você dizia, mas sempre acreditei em tudo o que ouvia.
Só que acho que os personagens da sua vida são figurantes de seu drama, esse sim digno de nota, de se pensar nele ou assistir. Drama não com o sentido pejorativo. Drama com sentido de dar à sua realidade o devido peso, cor e sabor.
Eu sabia o que ia dizer quando comecei a escrever isso, mas depois me perdi. Eu gosto de me perder para sentir o gosto da sensação de me encontrar.
Falamos da amizade que se pretende eterna ou das eternidades que se querem amigas.
E a solidão e tristeza que nos deixaram por uns momentos, talvez estivessem num certo parque trepando em árvores em jogos pueris ou mesmo entregues a meras lembranças da infância. Ou talvez entenderam que precisávamos estar sós, tendo apenas o tempo como substrato.
E agora que eu cheguei até aqui nisso que escrevo, percebi que queria dizer coisas tantas que vão ficar muito aquém de definir tudo, mesmo porque tudo isso não é para se definir e muito bem fazemos já de senti-las do jeito que são.
Por vezes me irrito profundamente com seus personagens que não empunham nenhuma espada ou que têm uma luta sem sentido em estranhas batalhas.
Não seu mais o que dizer, minha Lady. Agradecer ou declarar-me profundamente emocionado, por que você conhece o nome de meus medos e de minhas dores, e é íntima de minha tristeza e solidão. Porque você é a única que entende o que foi dito no que não se escreveu.. amiga de meu silêncio. Companheira de batalhas cruentas. Eu parei meu trabalho para escrever isso. Devia ter parado a vida para ouvir o que disse aqui.
Prestar atenção no silêncio, cúmplice das coisas que não precisam ser ditas.
Uma lua numa praia deserta, calma e quieta, os pensamentos como marca dos pés na areia.
Diante do mar imenso imerso na imensidão do céu.
Uma gaivota vai voar no infinito.
Plenamente livre.