O tempo vai passando sem nos dizer nada. E a gente vai aprendendo a ficar quieto, simplesmente isso, quieto com relação a tudo em volta. Isso significa ser mais resignado com o passar do tempo, mais paciente, mais condescendente, mais compreensivo com as merdas que tudo mundo faz em volta e que sempre espirra em você. A gente vai cada vez mais aceitando os fatos da vida porque ou perdeu alguns sonhos ou os sonhos que ainda acalenta não têm mais o mesmo valor, o mesmo peso, o mesmo tesão. A gente vai sendo cada vez mais o que não se quer ser, porque não se sabe o que quer. A gente vai sendo mais... e eu quero agora ser MENOS!
O grande silêncio alimentado anos a fio se rompe, como que de repente. A gente se torna menos quieto. Depois de uma olhada no espelho, deixar de velar armas e usar as armas, vestir a armadura, empunhar a espada e partir para a guerra. Ninguém vai me dar o que eu não tomar, mesmo que seja um direito meu. Tudo bem. Preparemos a guerra. Nunca fui mesmo de levar desaforos para casa, de aturar a choradeira de adultos que se fazem crianças por quase tudo ou às vezes tanto por nada: por medo, medo da solidão, do dia que vem sem trazer um futuro, medo de não ser amado, e principalmente o grande medo de não conseguir mais se esconder atrás de uma mesma máscara, aquela que cansa e não engana mais ninguém.
Então tá! Olha aí o que eu acho de tudo. Saí de meu olhar no espelho não sem medo, mas conhecendo melhor meus medos antigos e aprendendo a conhecer os medos novos. Eu também estou sozinho e não sei se vai acontecer de alguém me amar para o resto da vida. Além disso, que não é pouco, dinheiro não é meu forte, sexo se vende na esquina só para quem se atreve a comprar e felicidade, bem, essa palavra não faz parte de minha busca. Já disse: sobre fecilidade duas coisas, não sou feliz, não sou infeliz.
Só que agora acabou aquela quietude compreensiva com relação a tudo o que me cheira um probleminha tão pequeno ser tão grande para quem gosta de sofrer e só isso.
Sofro, mas não gosto. Calo sobre essas coisas, como calei até agora, mas não consigo mais.
Venham para o campo de batalha, hipócritas, com suas muletas, eu tenho duas pernas e estou armado.
Não vim a esse mundo para agradar a ninguém.
O grande silêncio alimentado anos a fio se rompe, como que de repente. A gente se torna menos quieto. Depois de uma olhada no espelho, deixar de velar armas e usar as armas, vestir a armadura, empunhar a espada e partir para a guerra. Ninguém vai me dar o que eu não tomar, mesmo que seja um direito meu. Tudo bem. Preparemos a guerra. Nunca fui mesmo de levar desaforos para casa, de aturar a choradeira de adultos que se fazem crianças por quase tudo ou às vezes tanto por nada: por medo, medo da solidão, do dia que vem sem trazer um futuro, medo de não ser amado, e principalmente o grande medo de não conseguir mais se esconder atrás de uma mesma máscara, aquela que cansa e não engana mais ninguém.
Então tá! Olha aí o que eu acho de tudo. Saí de meu olhar no espelho não sem medo, mas conhecendo melhor meus medos antigos e aprendendo a conhecer os medos novos. Eu também estou sozinho e não sei se vai acontecer de alguém me amar para o resto da vida. Além disso, que não é pouco, dinheiro não é meu forte, sexo se vende na esquina só para quem se atreve a comprar e felicidade, bem, essa palavra não faz parte de minha busca. Já disse: sobre fecilidade duas coisas, não sou feliz, não sou infeliz.
Só que agora acabou aquela quietude compreensiva com relação a tudo o que me cheira um probleminha tão pequeno ser tão grande para quem gosta de sofrer e só isso.
Sofro, mas não gosto. Calo sobre essas coisas, como calei até agora, mas não consigo mais.
Venham para o campo de batalha, hipócritas, com suas muletas, eu tenho duas pernas e estou armado.
Não vim a esse mundo para agradar a ninguém.