quinta-feira, novembro 27, 2008

Santos

Mercado Municipal de Santos em eu sexagésimo aniversário. E nós ali atendendo os possíveis novos mutuários, no mezanino, fazendo inscrições. Misto de trabalho e prazer, de dever e lazer, pena que a vida toda não seja sempre assim, tudo na vida não ser assim.
Nos boxes do mercado, que passou por uma reforma, algumas oficinas com crianças, arte, ballet, karatê, capoeira. De repente, tenho a impressão qaue tenho uma tremenda saudade de trabalhar com crianças. Fiquei olhando aquilo e percebi que é algo que nunca deveria ter deixado de fazer. Eu até trabalharia mesmo que não fosse em troca daqueles míseros papéis coloridos. Para dizer a verdade, eu gostaria de trabalhar com a criança de qualquer idade, dos oito aos oitenta anos, com a criança que cada um de nós não poderia de jeito nenhum deixar morrer. Prontas para conhecer o mundo, sempre, as crianças são muito atentas e curiosas, interessam-se por tudo, querem saber de tudo e fazer duzentas mil coisas ao mesmo tempo. E o que é melhor, as crianças usam e abusam do sorriso.
O cheiro do mar, ó mar salgado, quanto do teu sal... a brisa na praia, pessoas dispostas como que sempre de férias. 
O Porto, imensos navios de carga, gigantescos armazéns, milhares de containers, a gente sabe que existem essas coisas grandes, mas ainda se impressiona quando as vê. Como as crianças.
Eu descubro de súbito, como me ocorre, que não sirvo para ficar um tempo só no mesmo lugar. Num mesmo lugar sou sempre o mesmo e cada vez mais velho. Andando de lá para cá e de cá para lá, parece que tudo se renova, que sou sempre outro.
Movimento e mudança. A vida quando acha de estar parada, escolhe sempre a pior cena, o capítulo mais difícil e o final mais triste.
No meio da alegria, morreu de felicidade. Queria que dissessem isso de mim um dia.


2 comentários:

CARLOS T. disse...

Olá cunhado..novo blog .....o sótão do carlos mudou ...rsrs.
Continua o mesmo Carlos.
Quem de nós não morre e renasce dia após dia?
Quantos arquétipos usamos durante nossa pequena estada neste mundo?
Seja sexagenários ou quarentões, seja jovens ou adultos, crianças, todos nós precisamos de nossas paradas pra olhar e sermos olhados.Necessitamos de momentos tristes ao extremo ou alegrias exarcebadas para que nos sintamos vivos.
Fazer o que...mesmo tentando o minimalismo nunca nos contentamos com pouco.

CARLOS T. disse...

Cunhado agora que me veio a questão...sexagenário...aonde...
seu sexo tem tão somente 50 anos ou seja...quinquagenário!!ou estou errado...nem o Zé tem 60!!rsrs
A Regina falou que vc está zoando!!