terça-feira, setembro 30, 2008

Sarau, dor nas costas e um gravador...

As frases que me escapam dos pensamentos agora aprisiono num gravador. Isso também cansa. Logo volto à precariedade de esquecer e tentar lembrar, dos bloquinhos de papel e canetas, tudo dentro da minha providencial mochila. Mas o gravador ainda tenta me conquistar...
Rabugento... tudo sou nessas tardes tão iguais, e mesmas noites, dias que amanhecem sem novidade, mesmo silêncio, mesmas perguntas, as mesmas renitentes dúvidas sobre o que nem quero mesmo saber.
Um sarau no sábado. É boa a companhia dos poetas. E engraçado é que nenhum deles te chama de "pseudo-poeta". Ali, você é poeta e pronto. Os poetas não morrem de velhice, mas quase que morrem de dor nas costas, morrem por um espirro... se não, inflamam os músculos. Um poeta no hospital não serve para nada, nem sabe sentir dor, fica olhando a dor dos outros e comparando com a sua.
Comecei a semana com essa dor... e vi que tenho que rever toda a poesia e todos os meus olhares sobre todas as coisas, e meus olhares novos para coisas novas.
Preciso morrer do jeito que sou e que me sabem, para nascer outro que não sabem e eu poder ser à vontade, com toda a liberdade.
Ah! Meus livros na estante... estou a ponto de dar um motivo para vocês existirem.

2 comentários:

Knight Errant disse...

O cavaleiro poeta caminhava junto do seu cavalo, absorto nos seus pensamentos.

Pensaria na demanda corrente? no próximo inimigo? Na sua dama?...

Fosse o que fosse, não reparou em alguém que cruzou o seu caminho, uma silhueta, uma sombra, um companheiro de viagem que o saudou e sorriu..

CAVALEIRO ANDANTE disse...

Perdoa-me, seja quem fores, uma donzela ou companheiro de viagem, perdoa-me os olhos embotados de sangue e lágrimas, a surdez ante o zumbir de espadas, perdoa-me ter minha vida ceifada aos poucos diante de tantas vidas ceifadas à toa. Há solidão e tristeza no campo de batalha. E um guerreiro é muito respeitado (e às vezes temido), mas nunca é amado.